Editoras tradicionais ou prestadoras de serviços?
Editoras tradicionais não cobram para publicar seu livro
Você sabe a diferença entre editoras tradicionais e editoras prestadoras de serviços? O fato de uma empresa ter a palavra “editora” em sua razão social não a torna uma “editora” no sentido purista. Tanto que praticamente todas as gráficas colocam em sua razão social o “Gráfica e Editora Ltda”, por uma série de questões, como por exemplo, compra de papel mais barato.
Temos as editoras tradicionais, que não cobram para publicar, pois o negócio delas é vender livros. Elas buscam os melhores autores, pois vivem 100% de suas vendas.
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Temos as editoras prestadoras de serviços (muitos também as chamam de vanity press, um termo largamente usado no mercado americano), cujo negócio é produzir livros mediante pagamento. Elas vivem da produção de livros, independente da qualidade dos textos. Pagou, publica. Não por acaso, “vanity” significa “vaidade”.
E também temos as editoras híbridas, que praticam as duas ações ao mesmo tempo, de acordo com cada situação. Aliás, tem sido cada vez mais comum, pequenas editoras partirem para essa modalidade para sobreviverem.
Veja bem, temos de nomear as coisas pelo que elas são, pois se mantemos as definições em um terreno nebuloso, fica mais fácil aproveitarem-se da falta de informação de muitos autores para vender sonhos e entregar pesadelos.
Então como saber quando estou diante de uma editora tradicional ou uma prestadora de serviços?
Uma forma muito simples de saber em que tipo de negociação você está entrando:
A editora cobrou alguma coisa pela produção do seu livro? Se sim, É PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Simples assim. Pode dar o nome que quiser: cota, mutirão, associação, permuta, contribuição, etc. Você deu algo mais, além do seu texto pronto, é prestação de serviços.
Uma editora prestar serviços para autores é ilegal? É feio? É imoral? Não! É apenas uma modalidade de negócios e não há nada de errado com isso.
É a melhor opção? Não tem resposta certa para essa pergunta. Depende das suas expectativas, depende do contrato, depende do serviço prestado.
Uma editora que presta serviços não tem nem de longe o mesmo prestígio de uma editora tradicional dentro do nosso mercado.
O mais importante de tudo isso: você como autor, tendo plena consciência do seu papel nessa cadeia, não vai assinar contratos draconianos, não vai acreditar em elogios do editor sobre o quão maravilhoso é seu texto e não vai cair em promessas de torná-lo bestseller.
Gostou desse texto? Deixe seu comentário abaixo. Vamos ampliar a discussão sobre esse assunto, que é uma grande dúvida dos escritores brasileiros.
11 de outubro de 2016 @ 23:37
Tem um caso tenebroso de uso incorreto de nome, que nunca vi comentado em lugar algum: as ‘antologias’ em que autores pagam para ter X páginas dentro de uma obra coletiva. Antologia é uma reunião de melhores textos, seja de um autor, seja de vários; no caso que menciono, não há critério algum, fora o financeiro, para os textos serem selecionados!
6 de abril de 2017 @ 08:46
Muito bom o texto. Estão cobrando alto para publicar. Além disso, imagino que nem leem a obra, pois dão a resposta muito rápido. Estou em alerta. Obrigado
7 de maio de 2017 @ 14:22
olá, mim chamo Izabel e tenho como objetivo publicar meus livros na verdade estou parei um pouco de escrever devido o tempo mais retornarei em breve, estou a procurar de uma editora para publicar os meus livros , foi uma promessa que fiz a minha falecida avó que escreveria a historia dela e da minha familia e estou com anseio de cumprir essa promessa , aqueles que conheçe uma editora tradicional ou até mesmo prestadora de serviços mim indique por favor agradeço!
19 de junho de 2017 @ 21:30
OI
Queria saber quando a editora se propoe a fazer tudo, mas pede que você compre x livros para você mesmo vender. É normal em editoras tradicionais?
Obrigada
20 de fevereiro de 2018 @ 14:25
Oi. Queria saber qual na sua opinião seria a melhor prestadora de serviço. Estou querendo publicar meu livro, mas está difícil.