São muitos os escritores que ficam com receio de enviar os arquivos de suas obras a editoras para análise com medo de que haja plágio, ou seja, que alguma editora publique a obra sem aviso, crédito, permissão ou pagamento.
Ainda que isso seja muito possível na internet, onde sabe-se lá por qual razão plagiadores se apropriam de textos alheios e os publicam em blogs e sites com seus nomes, em editoras isso não ocorre quase nunca, e certamente não com ficção.
Não porque editores sejam todos honestos e maravilhosos, mas simplesmente porque é mais barato e seguro publicar uma obra com contrato e permissão do autor.
Editoras não costumam oferecer adiantamento a autores nacionais desconhecidos, portanto o custo de publicar com aprovação é o mesmo do que sem aprovação do autor. No entanto, se a editora arriscar-se a publicar algo sem contrato, o autor pode processá-la com relativa facilidade e com grande chance de ganhar uma quantia expressiva.
A lei de direitos autorais está bastante severa e não vê com bons olhos nada que seja comercializado sem explícita autorização do autor. Ou seja, o custo de plagiar pode ser alto para a editora, enquanto que o de publicar com contrato é zero.
Não tenha medo, assim, de enviar sua obra para análise por editoras constituídas, que existam como empresas comerciais com endereço, CNPJ e reputação, elas não vão correr o risco de plagiar a sua obra.
Duas observações sobre plágio
Ideias não podem ser protegidas. Se você tem uma idéia fantástica mas uma execução pobre, alguém pode sim copiá-la, contanto que não copie o texto.
No entanto, editoras não costumam fazer isso, porque o que torna um livro interessante não é apenas a concepção da história ou a abordagem do tema, mas sim o que o autor faz com ele. Ideias brilhante são expostas aos milhares em conversas de botequim, e nem por isso os donos de bar saem escrevendo obras-primas.
Um autor precisa amar uma idéia, achá-la realmente pertinente, ter muito a dizer sobre ela antes de escrever um bom texto a respeito. Portanto, é de novo raro que alguém se aproprie de uma idéia em uma obra para escrever outra (a inspiração costuma vir de muitas fontes ao longo de um bom tempo), você não precisa se preocupar com isso.
Já a não-ficção é mais possível de ser plagiada, em especial trechos, porque uma pesquisa detalhada, uma bibliografia comentada podem sim virar capítulos que enriqueçam uma obra sobre o mesmo tema de um autor mais preguiçoso.
A postura das editoras, no entanto, é a mesma que assinalei lá em cima: não toleram porque é perigoso para elas serem processadas e muito desinteressante terem sua reputação maculada.
Portanto, basta que você tenha registro de suas obras (por meio de amigos, em bibliotecas virtuais, em arquivos virtuais) para provar que o texto é seu caso surja algum autor mais espaçoso, e não tenha medo de ser publicado por uma editora razoável. A enorme maioria dos muitos milhares de livros publicados todo ano não é plagiada.
Hoje vou dar mais uma dica para você que está procurando um caminho para a publicação.
Tem muita gente que pergunta se é necessário fazer o registro da obra na Biblioteca Nacional.
O registro da obra é quando você envia seu original para a Biblioteca, que fica lá no Rio de Janeiro, paga uma pequena taxa e seu texto fica arquivado lá, comprovando que foi você quem o escreveu.
O registro só serve para isso: para comprovar que você é o autor da obra em caso de plágio. Se você quiser brigar com alguém, para provar que aquilo é seu você usa esse documento.
O registro não serve para nada na publicação. Nenhuma editora usa esse número, nenhuma editora usa o que está arquivado na Biblioteca Nacional.
Então, não é preciso fazer. Eu recomendo até que não faça o registro. 🙂 É uma burocracia besta que, acho eu, não serve para nada. Só serve para comprovação em caso de briga, em caso de plágio, e mesmo assim você vai ter que contratar advogados, abrir um processo.
A Biblioteca Nacional fazia, até 2020, a concessão do ISBN — International Standard Book Number. Veja bem: ISBN não tem nada a ver com registro, os dois eram concedidos pela Biblioteca Nacional em departamentos diferentes. Agora o ISBN é concedido pela Câmara Brasileira do Livro, o que é bom porque finalmente vai todo mundo entender que são duas coisas separadas, diferentes.
O ISBN é uma espécie de RG do livro, serve para identificar a obra. Cada livro tem o seu, o sistema evita que mesmo títulos parecidos sejam confundidos. Se você comprar um livro, você vai ver que na contracapa ele tem uns números debaixo do código de barras. Isso é o ISBN. É um número de 13 dígitos, é ele que identifica o livro.
Esse ISBN é concedido para a editora que publica o livro, é ela que entra em contato com a Biblioteca Nacional e pede o número.
Então você, como autor, não tem que se preocupar com isso se for publicado por uma editora: quem vai pedir o ISBN é a editora, não você.
Preocupe-se com isso se for produzir seu próprio livro, de maneira independente. Se você estiver bancando seu livro, então peça o ISBN como um autor que está publicando a si mesmo. Caso seja este o seu caso, clique aqui.
Note que há ISBN para obras impressas e ISBN para obras eletrônicas. São coisas diferentes e você vai precisar de dois números se for fazer o seu livro de forma impressa e digital.
O ISBN é necessário. Ele é uma burocracia muita necessária no mercado porque é a partir dele que o código de barras é gerado, que permite que uma livraria venda o livro. Pode reparar que, quando você compra um livro, a pessoa no caixa passa um leitor de código na contracapa para ler o código de barras e achar o livro no cadastro da livraria. É assim que ela sabe o preço do livro.
Alguns sites só cadastram livros para venda se eles tiverem ISBN.
Mas, de novo, você só vai pedir o ISBN se for fazer o seu próprio livro. Se não, quem pede é a editora.
Mais algumas dicas muito úteis para criar seu site:
Trabalhe o visual do site em primeiro lugar. Um site mal planejado visualmente não leva o visitante a lugar nenhum, evite links confusos, excesso de elementos piscando (aliás, tem coisa mais irritante do que sites cheios de pisca-pisca?), cores muito vivas no fundo da tela. Informação difícil de ser encontrada afugenta os visitantes.
Trabalhe o conteúdo em segundo lugar. Ofereça informação gratuita e de qualidade. Crie textos curtos e concisos. Não encha linguiça. Busque fatos ou circunstâncias interessantes e que acrescentam credibilidade ao seu trabalho. Mantenha o foco.
Trabalhe a arquitetura da informação em terceiro lugar. Não adianta um site lindo e maravilhoso, mas que na hora de efetuar a transação comercial, deixa a desejar. Tenha um sistema de vendas redondo e confiável, faça vários testes, peça para que pessoas de confiança testem também. É imperdoável você clicar em um link que não funciona.
Não importando o assunto, tente vender algo. Seja idéias, serviços ou produtos, não ignore essa dica. Mesmo que seu site não tenha algo vendável, trate de vender no mínimo sua imagem. Trabalhar de graça desestimula, cansa.
Chame colaboradores. Nem sempre você consegue dar conta sozinho do trabalho. Além disso, várias pessoas trazem sempre boas idéias e ajudam a manter o site atualizado. Evite censurá-las. Deixe que expressem suas opiniões em textos e conceitos, mesmo que contrários às suas convicções. Uma forma eficiente de resolver isto é colocando a famosa frase “As opiniões e textos aqui apresentados são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site.”
Conheça muito bem a concorrência. Antes de criar seu site, visite todos os que oferecem a mesma informação. Visite sites nacionais e estrangeiros. Se você não sabe inglês, chegou a hora de fazer um curso ou pelo menos usar um tradutor online. Você tem o mundo inteiro para analisar. Faça isso. E imponha-se ser o melhor de todos. Não se contente em ser mediano… seja o melhor.
Nada de plágio. Nunca copie layouts ou textos. Como a Internet é democrática e de fácil acesso, o mesmo fulano que visita o seu concorrente, provavelmente o visitará. Há uma imensa leva de sites “chupados” de outros. Quase sempre são descobertos pelo amigo do amigo do vizinho do dono do site plagiado. Isso rende dores de cabeça e uma forte propaganda negativa. Existem sites onde são publicadas denúncias de plágio. Geralmente mesmo quando você tira o layout do ar e avisa esse pessoal, eles não demonstram boa vontade em tirar o seu nome dessas listas negras.
Se você acessou este site, imagino que deseje que sua obra seja publicada em forma de livro. Se é este o caso, por favor leia o conteúdo que ofereço aqui gratuitamente, na simples esperança de que mais autores brasileiros consigam encontrar uma editora para suas obras.
Tem quase um livro inteiro de instruções nos links à esquerda, inclusive de como encontrar uma editora sem pagar nada.
A moça aí ao lado em noite de autógrafos é apenas um exemplo entre centenas de autores publicados.
E siga também, por favor, as instruções simples abaixo, que alguns anos atrás seriam desnecessárias por obviedade, mas na atual cultura de rapidez e preguiça tornaram-se essenciais.
Leia antes de perguntar
Editores são profissionais que trabalham com a escrita. Assim, na grande maioria dos casos, o que está lá dito no site da editora é muito exato e pensado, não brotou lá por acaso nem foi copiado de outro lugar.
Se uma editora se dá ao trabalho de expor sua linha editorial, explicar os objetivos de seu catálogo, às vezes até explicitar que tipo de obra ou autor procura, dê-se ao trabalho de ler!
Você não deseja ter sua obra publicada? Então invista tempo e atenção em descobrir o que as editoras querem e quem elas são, oras. Perguntar sobre algo que já está escrito no site indica ao editor que você é desatento ou fraco das ideias, qualidades pouco desejáveis num futuro autor.
Meus colegas editores costumam ser ainda menos pacientes do que eu com perguntas idióticas – toda pergunta que já está respondida no site da editora é idiótica – e simplesmente deletar os emails inquiridores.
Metade da razão pela qual os novos autores são mal tratados pelos editores é a forma descuidada com que os ditos autores se dirigem às casas editoriais. Distinga-se da enorme maioria de autores que procuram publicação ao prestar atenção ao que a editora diz de si mesma e de suas obras.
Não queira a sua conveniência
Eu fico sempre espantada quando novos autores, super desejosos de serem aceitos para publicação, ainda assim desobedecem as instruções das editoras para apresentação de originais.
Se a editora pede originais impressos e encadernados, obedeça! Não mande sua obra por email que ela será deletada sem maiores cerimônias. Os editores pedem isso por boas razões, como a de facilitar a leitura e a troca de informações entre pareceristas.
Se a editora pede um resumo a ser cadastrado online, obedeça! Não envie a obra inteira ou um pedaço do primeiro capítulo porque você tem preguiça de fazer o tal resumo.
Se a editora pede um arquivo de sua obra inteira, mais uma vez obedeça! Essa histeria de achar que você vai ser plagiado é ridícula, para um editor é mais barato eventualmente publicar a obra de um autor nacional desconhecido (portanto sem adiantamentos ou luxos) do que se arriscar a pagar um processo por plágio.
O editor pensa mais ou menos isso do autor que não segue as instruções: se você não investe tempo (para ler ou fazer um resumo ou o que quer que a editora peça) ou a pequena quantia em dinheiro (para fotocopiar e enviar sua obra pelo correio), como você quer que o editor invista bem mais tempo em analisá-la e infinitamente mais dinheiro em publicá-la?
Percebe o absurdo? Se você acha que sua obra não vale o esforço de impressão, por exemplo, o editor está mais do que desculpado em achar que ela não vale o esforço de sua leitura profissional.
Cada editora tem lá seu modo de avaliar obras espontâneas, se você quer ter alguma chance de sua obra ser lida e considerada, respeite as maneiras de trabalhar das casas editoriais. O interesse é seu, não delas.
Não faça exigências
Eu já expliquei mas repito aqui para você ter uma noção de onde se encaixa no processo: um editor, qualquer um, de qualquer área, tem muitos mais originais e obras publicáveis à sua disposição do que tempo e dinheiro para publicá-las.
O editor tem acesso a livros estrangeiros do mundo inteiro, a obras esgotadas que podem ser renegociadas, a obras de autores nacionais conhecidos e finalmente a obras de autores nacionais desconhecidos, a categoria onde você se encaixa. É um mundo de obras, milhares e milhares de possibilidades.
A sua obra tem chance (sim, caso apresente qualidade e seja pertinente tem chance), mas qualquer deslize de sua parte pode fazer com que a decisão vá contra a sua publicação.
É como prestar vestibular na Fuvest, se você chega atrasado, não há ladainha que convença o fiscal a deixar que entre na sala de exame, mesmo que você seja o próximo Einstein. São tantos os candidatos para cada vaga que os que chegaram na hora com certeza serão suficientes para preenchê-las.
Assim, assuma a atitude correta para ser eventualmente aceito: preste atenção na editora, leia tudo o que ela diz, siga as instruções e não queira que o seu conforto valha mais do que a conveniência da editora.
Quando terminam de escrever, autores querem saber como fazer o registro de seu livro, de forma a garantir seus direitos autorais. Saiba aqui como proceder.
O que é o registro na Biblioteca Nacional?
O registro de livro na Biblioteca Nacional é a formalização de sua autoria. Você declara, formalmente, que é o autor ou a autora da obra, podendo usar esse documento para comprovar que ela é sua em caso de disputa.
Para registrar um livro na Biblioteca Nacional você precisa:
Ter finalizado a obra. Um livro ainda incompleto não serve para registro.
Decidir o título. A obra é registrada sob o nome que você dá, então pense um pouco antes de enviar. Caso você mude de ideia e a publique seu livro com outro nome, o registro na Biblioteca Nacional ainda vale, mas o melhor é que haja alguma relação com o título original.
Imprimir uma cópia impressa. Você vai precisar enviar sua obra inteira impressa para o Escritório de Direitos Autorais no Rio de Janeiro, veja aqui.
Incluir seu nome verdadeiro nas páginas iniciais. Mesmo que você vá publicar sob pseudônimo, para fazer o registro de seu livro na Biblioteca Nacional você precisa utilizar seu nome verdadeiro.
Preencher o formulário com cuidado. Discrepâncias como número de páginas declarado diferente do texto impresso podem acarretar problemas.
Pagar uma pequena taxa.
Para que serve registrar um livro na Biblioteca Nacional?
O registro de livro na Biblioteca Nacional comprova de maneira oficial que você é o autor ou a autora daquele texto. A rigor não é necessário, uma vez que a lei de direitos autorais vigente no Brasil, lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, declara que basta você exteriorizar uma obra – basta escrever, mesmo que a mão – para ser entendido como autor.
Os direitos autorais são seus em qualquer circunstância, algo que vale para sempre. Para que seu texto seja publicado você vai precisar dar uma autorização, assinar um contrato no caso de uma editora, ou a publicação será ilegal.
O problema é que nem sempre a lei é obedecida, não é mesmo? O registro de seu livro na Biblioteca Nacional serve para você ter uma prova cabal, reconhecida por qualquer juiz, de que a obra é sua. Caso alguém publique seu livro sem a sua autorização, você vai poder processar a pessoa ou empresa, tendo grandes chances de ganhar.
Posso enviar minha obra para análise por uma editora sem registrar?
Pode. As editoras não precisam do número do registro de seu livro na Biblioteca Nacional para avaliar sua obra. Elas não utilizam esse documento em nenhum momento e, caso aceitem publicar a sua obra, vão oferecer um contrato de publicação para que você assine.
Algumas editoras pedem que você faça o registro de seu livro na Biblioteca Nacional antes de enviar para elas, mas isso é só para criar uma pequena barreira contra a avalanche de originais que recebem.
Exatamente porque é muito fácil você processar e ganhar caso uma empresa use o seu texto sem a sua autorização, editoras não se arriscam. Para uma editora é muito mais seguro publicar o seu livro depois de assinar um contrato.
Entenda: uma editora não paga para publicar a sua obra legalmente, uma vez que não costuma dar adiantamento a autores nacionais desconhecidos. Ela vai pagar a você apenas uma porcentagem – em torno de 10% – das vendas de seu livro depois de três ou seis meses.
Por outro lado, se ela publicar seu livro sem o seu consentimento, estará sujeita a ser processada e a perder esse processo, sendo obrigada a pagar o que o juiz decidir. Muito risco.
O perigo de plágio existe?
Sim, existe. Há duas formas de plágio de livros comuns na atualidade:
Plágio do texto inteiro em plataformas de publicação gratuita como o Wattpad.
Por alguma razão, há pessoas que copiam o texto inteiro de outros autores, às vezes mudando uma coisinha aqui e ali, como o nome dos personagens, e aí publicam como se fosse delas. Apesar de ser ilegal, o fato de estar sendo publicado gratuitamente, sem ganho para quem pratica o crime, dificulta um pouco mover um processo, uma vez que não haveria como calcular a perda financeira do verdadeiro autor.
Quando isso acontece, o autor deve reportar à plataforma ou site ou portal que publica a obra. De modo geral, não é preciso ter feito o registro do livro na Biblioteca Nacional, basta se declarar autor e mostrar seu texto original, preencher o formulário de denúncia que o texto copiado costuma ser tirado do ar.
No Wattpad aparecem tanto cópias de textos que foram postados lá ou em outros sites da internet quanto de livros publicados por editoras tradicionais.
Plágio de trechos de obras em ebooks, publicados na Amazon.
Existem autores bastante inescrupulosos que se aproveitam do fato de muitos milhares de ebooks serem publicados diariamente por meio do Kindle Direct Publishing, o sistema de publicação de livros digitais da Amazon, sem que haja um acompanhamento humano. Esses autores copiam trechos de diferentes livros, fazem uma salada e colocam no ar como se fosse deles.
Um caso bastante noticiado foi o da autora de obras românticas Cristiane Serruya, acusada por Nora Roberts, Bella Andre, Tessa Dare e Courtney Milan de copiar trechos inteiros de seus livros. Note, de livros publicados por editoras, alguns de enorme sucesso! Os livros de Cristiane Serruya foram tirados do ar, e as versões impressas recolhidas das livrarias.
Esse é um tipo de instância em que ter feito o registro de seu livro na Biblioteca Nacional pode ajudar. O autor copiado precisa acionar a justiça e fornecer provas, mas veja que as editoras nem esperam e já recolhem os livros que estejam em disputa. Editoras não querem ser acionadas como cúmplices de plágio, é mau negócio.
Um outro caso em que vale a pena registrar um livro na Biblioteca Nacional
Atualmente, há muitas produtoras de vídeos em busca de histórias e conteúdos para transformar em séries para a Netflix, com abertura para autores brasileiros pouco conhecidos.
Aqui vale um pouco de cautela. Dado que um texto que você apresente para análise de uma produtora em teoria será transformado num roteiro e depois transformado num produto audiovisual, não é tão simples provar autoria. Antes de deixar sua obra circular entre estes profissionais acredito que seja bastante recomendável fazer o registro do livro na Biblioteca Nacional, e também seguir algumas das indicações abaixo.
Que cuidados tomar para não ter seu livro plagiado?
Estamos num mundo de comunicação rápida, em que a internet facilita a divulgação, a venda, a comunicação sobre livros, a transformação de livros em séries – e o plágio. Se você divulga trechos de sua obra ou a coloca numa plataforma para angariar leitores, pode acontecer de ela ser plagiada.
A maioria dos autores acha que vale a pena correr o risco, uma vez que, sem divulgação, você não terá leitores. Mas eis algumas dicas para dificultar que copiem o seu livro:
Faça o registro do livro na Biblioteca Nacional
Anote numa pasta, de modo organizado, as datas de envio de sua obra e para quais destinatários. Saiba para quais editoras, leitores críticos, leitores beta, produtores você enviou e quando. Saiba quando postou num blog ou plataforma. Muitos desses vaivéns online ficam registrados com data, o que é prova adicional de sua autoria. Leitores que possam confirmar ter tido acesso à sua obra serão ótimas testemunhas caso haja um processo.
Inclua algumas expressões incomuns em seu texto, inversões ou vocabulário um tanto exótico. Fica muito fácil de provar plágio quando o estilo copiado tem charmes muito característicos.
De vez em quando faça uma busca pelo Google de alguma de suas frases incomuns.
Use algum dos programas farejadores de plágio. Eles foram feitos para checar se um texto em Word foi copiado de algum site, mas servem para apontar o oposto, se há sites que espelham o seu texto.
Se você der uma olhada no que eu disse sobre editoras comerciais, verá que abordá-las é como ir a um banco pedir um empréstimo. Todo banco precisa emprestar dinheiro, assim como toda editora comercial precisa encontrar bons autores inéditos.
Acontece que, como há muita gente sem garantias pedindo empréstimo, também são muitos os autores apresentando obras impossíveis. Por isso, contam a calma, a boa educação e as expectativas realistas de sua parte.
Linha editorial adequada
Como já disse, a enorme maioria dos originais que chegam a uma editora não têm nada a ver com a linha editorial da casa.
O que é linha editorial?
Linha editorial são os assuntos – ou gêneros literários – que a editora costuma publicar, e também a abordagem dentro dos assuntos. Se você for a uma grande livraria, verá que habitualmente os livros são divididos em algumas categorias, como história, auto-ajuda, romances, marketing etc.
Uma livraria como a Cultura de São Paulo tem mais de cem divisões principais, fora as subdivisões. Essas podem ser consideradas linhas de publicações praticadas pelo mercado.
Dentro de uma mesma área, como por exemplo sociologia, você encontra várias tendências: historiográficas, antropológicas, de esquerda, de direita, pró-Estados Unidos, pró-França e por aí vai. Se você quer ter alguma chance de ser considerado por uma editora, precisa encontrar uma que publique o gênero dentro do qual a sua obra se encaixa, inclusive com o mesmo enfoque que você deu.
Nessa seleção, você precisa ter muita frieza. As editoras não têm interesse em adequar as suas linhas a você, é você quem precisa se adequar a elas. Se a sua obra é “mais ou menos” parecida com as que uma casa publica, você vai ser recusado. Não adianta você levar sua autobiografia (sendo que você é um vendedor de carros aposentado) dizendo que ela tem um caráter histórico.
As editoras de história vão todas recusar a sua obra, e apenas editoras que eventualmente publiquem autobiografias de pessoas não famosas poderão se interessar.
A maneira de saber o que as editoras publicam é indo até uma boa livraria e vendo o que foi lançado na sua área. Ou então pesquisar na internet, em livrarias como a Amazon, os livros lançados recentemente. Não adianta tampouco localizar editoras que nos anos setenta publicavam poesia, mas que agora se dedicam apenas à informática. Muitas vezes, as linhas editoriais são fruto das preferências de um editor específico, que pode se aposentar ou trocar de emprego. Verifique o que tem acontecido no mercado nos últimos dois anos.
Nunca — nunca! — mande uma carta dizendo “não conheço a sua editora, mas estou enviando minha obra”. A pessoa que seleciona os originais vai pensar que, se você não se deu ao trabalho de fazer uma simples pesquisa em uma livraria, com certeza não está apresentando uma obra adequada à linha editorial da casa.
Para que insultar uma empresa que você quer interessada em você?
Originais impressos, limpos e organizados
Apresentação conta. Quando for enviar seu material a uma editora, imprima ou fotocopie o seu original sem sujeiras ou áreas cinzentas ou letras apagadas. Evite também correções a mão. Por outro lado, não gaste seu dinheiro com encadernações luxuosas ou fotos de autor produzidas em estúdio. O necessário é enviar um material fácil de ler, não um livro acabado.
Envie um arquivo se for isso que a editora especificar no site dela. Não se preocupe com plágio, atenda ao que a editora pede para ter a chance de sua obra ser considerada.
É completamente irrelevante fazer uma diagramação caprichada de sua obra, como se as páginas fossem ser impressas a partir dali. O programa usado para a paginação profissional de livros nos dias de hoje é o Indesign, e tudo o que você faz no Word exceto o texto é perdido na transcrição. Fontes exóticas, cores, tabulações, recuos e outros recursos para embelezar as páginas devem ser evitados porque chegam a atrapalhar. Use apenas o que for necessário para diferenciar títulos de subtítulos e de aberturas de capítulo.
Não apresente idéias de capa ou de ilustrações internas. Enviar uma capa desenhada por um amigo dá a idéia de que você é um amador que não entende absolutamente nada de publicações. A capa é uma decisão editorial e de marketing importante, que envolve a imagem e o estilo da editora. A menos que você esteja apresentando o trabalho de um capista qualificado e experiente, sua sugestão irá apenas aborrecer o editor.
Faça uma revisão de seu texto. Apartes do tipo “essa obra não foi revisada, sei que a editora conta com ótimos profissionais“ não impressionam nada bem. Se você é tão incompetente com o Word que nem passar a revisão ortográfica consegue, não transmite a segurança de quem sabe sobre o que está escrevendo. Peça a um amigo ou a um revisor profissional para eliminar pelo menos os erros ortográficos mais gritantes, se isso está fora do seu alcance.
Numere as páginas de sua obra. Ela não precisa estar encadernada, mas se não estiver numerada, um acidente — como deixá-la cair no chão — pode tornar a leitura impossível.
Escreva o nome da obra, seu nome verdadeiro e de eventuais co-autores, seu endereço, e-mail e telefones de contato na primeira página. Muitas obras se perdem porque os autores colocam seus endereços apenas no envelope, e este se separa da obra ao ser enviado para leitura. Se quiser ser mesmo cauteloso, imprima seu nome e telefone no alto de todas as páginas, como um cabeço. O eventual uso de pseudônimos pode ser decidido depois, caso um contrato venha a ser negociado.
Acrescente apenas as ilustrações e gráficos que forem necessários à compreensão do texto, uma vez que é a editora que decide como diagramar seus livros. Se você precisar incluir imagens que não sejam suas, terá de citar a fonte completa ou, em caso de fotos, pedir permissão para a reprodução. Evite portanto se apropriar de material publicado em outros livros, visto que dá muito trabalho ficar obtendo permissão das editoras originais.
Carta de apresentação
Seu original deve ser acompanhado de uma carta simples e resumida de apresentação ou, se você enviar pelo formulário do site da editora, de uma texto de apresentação. Nela é ideal que você cite algumas coisas.
Comece com o nome do editor responsável pela área. Faça uma pesquisa e evite o genérico “Excelentíssimo senhor editor”, porque muitos editores são jovens sem qualquer afinidade com honoríficos, e mais da metade são mulheres! Melhor começar com “Prezada dona Sônia”.
Mencione o gênero de sua obra e a coleção em que ela se encaixa na editora, ou uma obra na mesma linha que aquela casa tenha publicado. Isso demonstra que você se deu ao trabalho de pesquisar o catálogo da editora e sabe o que ela publica.
Explique rapidamente o diferencial de sua obra em relação a outras no mercado. Não é bom você dizer que sua obra é parecida com a de um grande mestre porque o editor preferirá continuar publicando quem já é conhecido. É mais eficiente você dizer em que a sua obra é melhor, ou mais abrangente, ou mais atualizada que a do grande mestre, para que o editor se interesse em concorrer com a obra já famosa.
Se você escreveu uma obra de não-ficção, precisa mencionar suas qualificações como autor: se é professor, pesquisador, aficcionado pela área etc. Note que não adianta você ser um juiz renomado se está apresentando um livro sobre natação, nem querer publicar uma crítica ao sistema judiciário se você é professor de educação física. Você precisa demonstrar ao editor que entende do assunto sobre o qual está escrevendo.
Se tiver outras obras publicadas, mesmo que apenas artigos, mencione-as.
Recomendações de pessoas importantes contam, mas apenas as de profissionais da área sobre a qual o livro trata. Se seu livro é de culinária, colecione comentários de chefes e donos de ótimos restaurantes, e esqueça os de amigos e parentes. Se a sua mãe e os seus amigos não elogiarem você, quem irá fazê-lo?
Cuidado com as recomendações dúbias. Muita gente famosa evita fazer referências positivas a obras de amigos e conhecidos, optando por declarações simpáticas e vazias. Editores são mestres na leitura entrelinhas, e uma recomendação dessas pode acabar funcionando contra a sua publicação. Cite apenas quem fala muito bem de seu trabalho.
Caso você trabalhe em algum meio de comunicação poderoso, ou tenha acesso a muitos clientes, alunos ou outros possíveis compradores de seu livro, mencione isso rapidamente. Conquanto não seja suficiente para que sua obra seja publicada, pode ajudar na decisão caso haja dúvida sobre a editora arriscar em você ou não.
Em sua carta, evite adjetivos e comentários auto-elogiosos como “essa é a melhor obra que você já leu”, porque o editor prefere julgar por ele mesmo. Também passe longe de argumentos como “publique logo ou irá se arrepender”. Editores têm uma longa experiência de sucessos e fracassos e sabem que ninguém, mas ninguém mesmo, consegue garantir que uma obra será um sucesso. Já viram autores de muita vendagem lançar livros que acumulam poeira nos depósitos, assim como obras esquisitas de repente caírem nas graças do público.
Você querer ensinar a missa ao padre só aborrece, e desperta pensamentos do tipo “se você tem tanta certeza que sua obra será um sucesso, porque não pede um empréstimo ao banco e a publica você mesmo? Seria você quem ganharia todo esse dinheiro que diz que eu vou ganhar…”
Atitude profissional
Relembrando uma vez mais, quando você apresenta uma obra a uma editora comercial, está pedindo um empréstimo. Portanto, além de fazer um esforço para procurar uma editora que concorde com o conteúdo de sua obra, e apresentá-la o mais limpa e legível possível, você precisa respeitar o modo de funcionamento da editora.
Já fui visitada por muitos autores demandando que eu chegasse a uma decisão sobre a obra deles de uma semana para outra, porque iam viajar, ou queriam ser publicados antes do Natal, ou outra razão qualquer. É o equivalente a entrar no Banco do Brasil e querer quinhentos mil reais hoje, porque você precisa comprar um maquinário para a sua fábrica amanhã. Você acha esta uma tática eficiente para convencer com um gerente de banco?
Editoras têm uma maneira de funcionar. Seguem uma rotina para a apreciação de originais, e mesmo obras altamente interessantes requerem tempo para ser lidas e estudadas. Além disso, toda editora que se preze se programa para publicar um determinado número de livros por mês. Algumas são mais elásticas e até podem colocar um livro na frente de outro, mas é comum que tenham prioridades e prazos com outros autores a cumprir.
Mesmo que queiram apressar loucamente uma publicação, não conseguem editar um livro decentemente antes de dois ou três meses depois da assinatura do contrato.
Portanto, entrar na sala de um editor exigindo decisões imediatas é o mesmo que pedir para ser recusado. Querer que as suas necessidades e conveniências sejam consideradas acima das da empresa é completamente irrealista.
E pressionar um profissional atarefado para que atenda você em detrimento de suas outras atividades é de uma sensacional falta de tato, que em geral provoca apenas irritação. Se você não é presidente da República, nem da General Motors, nem dono do maior jornal do país, nem filho do dono de um grande canal de televisão, evite essas táticas invasivas e agressivas.
Respeite o tempo de resposta da editora. Ficar telefonando e pedindo uma decisão é cortejar uma resposta negativa. O profissional do outro lado às vezes não consegue tempo para avaliar originais, e a sua ansiedade de autor pode precipitar uma recusa para que simplesmente pare de incomodar. Se a sua obra tem a ver com a editora, em algum momento será avaliada.
Não queira um parecer sobre a qualidade de sua obra, a menos que você se disponha a pagar por uma leitura crítica e a editora ofereça esse serviço.
Para que essa relação flua melhor e você sinta menos ansiedade, facilita entender que o editor não é um profissional pago para dar aulas ou explicações, mas sim para escolher obras que combinem com a linha da editora, rendam boas vendas e alto prestígio. Você só vale a pena em termos de investimento do tempo dessa pessoa se apresentar uma obra que seja quase ótima e precise de uns poucos ajustes para ser publicada.
Se mandar algo que não tenha qualquer potencial de entrar no catálogo da editora, evidentemente o editor não quererá ficar explicando comos e porquês.
Imagine que precisa comprar uma geladeira. Você mediu sua cozinha e sabe que pode comprar uma de até um metro de largura, prefere uma branca, com congelador separado, de até setecentos litros. Você tem um preço máximo que pode pagar. Aí vai a uma loja e começa a olhar um modelo. Um vendedor ansioso mostra como ela abre, diz suas especificações e preço. Você fica avaliando e ele começa a insistir para você resolver, pois já está ali há meia hora. Não é irritante?
Você depois decide não comprar aquela geladeira, seja porque é vermelha, seja porque não gostou do tamanho, seja porque é cara demais. Agora imagine como seria estranho e cansativo se você tivesse de explicar ao vendedor exatamente porque não quer aquela geladeira e se ele, ainda por cima, ficasse ofendido e tivesse um ataque de ansiedade!
O editor tem todo o direito de recusar uma obra sem explicação. Lembre-se de que se trata de um negócio, conduzido por profissionais ocupados que tentam cumprir metas. Não há espaço para afagos ao ego, ataques de ansiedade e grandes sensibilidades nessa transação.
Envio de originais para várias editoras
É perfeitamente razoável que você envie uma cópia do seu original a todas as editoras que publiquem aquele assunto com o seu enfoque, assim você evita ficar aguardando a resposta de uma para consultar outra. Se fizer uma boa pesquisa, provavelmente você não irá levantar mais do que uma meia dúzia de concorrentes.
É educado, no entanto, avisar as editoras caso uma delas aceite o seu original, para que interrompam o processo de avaliação.
Conselho amigo: só considere ter tido uma resposta positiva depois que assinar um contrato. Qualquer conversa antes é mera especulação, que pode evaporar de repente se o editor mudar de emprego, ficar doente ou grávida, se um bestseller inesperado naquela área aparecer no mercado ou qualquer outro acidente do gênero.
Às vezes você pode querer forçar uma resposta positiva de uma editora mais importante se já tiver sido aceito por uma editora comercial pequena. Tente, mas leve em conta o que eu já disse sobre a atitude mais adequada para se tratar com editores e refreie impulsos agressivos.
Outro conselho amigo: não minta. O mercado editorial brasileiro é pequeno, os profissionais se conhecem e costuma ser fácil verificar se determinada editora aceitou o seu original ou não, caso isso pareça improvável. O editor pode também ficar genuinamente contente que alguém vai publicar a sua obra e lhe desejar boa sorte, sem querer competir com a outra editora.
São muitos os escritores que ficam com receio de enviar os arquivos de suas obras a editoras para análise com medo de que haja plágio, ou seja, que alguma editora publique a obra sem aviso, crédito, permissão ou pagamento. Ainda que isso seja muito possível na internet, onde sabe-se lá por qual razão plagiadores se […]
Hoje vou dar mais uma dica para você que está procurando um caminho para a publicação. Tem muita gente que pergunta se é necessário fazer o registro da obra na Biblioteca Nacional. O registro da obra é quando você envia seu original para a Biblioteca, que fica lá no Rio de Janeiro, paga uma pequena […]
90% dos originais que chegam às editoras brasileiras são recusados após uma leitura de menos de cinco segundos, apesar de a resposta poder demorar meses para chegar ao autor. Este exame, feito em geral não pelo editor, como se supõe, mas por qualquer estagiário de produção editorial, simplesmente separa da pilha de originais enviados espontaneamente […]
Muitos, muitos jovens pedem que eu leia seus blogs, capítulos, poemas e diga se escrevem bem e se devem continuar. Querem minha opinião como editora experiente sobre seu futuro como escritores. Eu nunca respondo porque fico aborrecida com essa entrega de autoridade. Quem aceita que outra pessoa – seja quem for, profissional do livro ou […]
Como escrever um livro, passo a passo? Todos nós pensamos ter um livro a ser escrito dentro de nós, seja uma pura obra de nossa imaginação, com mundos fantásticos e seres extraordinários, seja relatando histórias de superação de nossas próprias vidas ou até mesmo um trabalho teórico sobre algum assunto que dominamos. E, realmente, muita […]
Quase todos os dias eu recebo emails com variações dessa pergunta: “pensei em escrever sobre… (preencha aqui com a ideia genial que lhe der vontade), você acha que vai dar certo? Devo continuar?” Eu não gosto de ser antipática, mas como é que eu posso responder a uma pergunta dessas? Ela parte do pressuposto de […]
Tornar-se escritor pode parecer difícil, mas na verdade é mais uma questão de postura que de sorte ou incrível talento. Talento ajuda, claro, mas ser escritor/a é saber usar os sentidos, observar o que existe em volta com clareza e utilizar isso na sua arte. Muito se fala sobre as técnicas da escrita, há cursos […]
Eu já expliquei bastante sobre a diferença entre prestadores de serviço e editoras comerciais, mas gostaria de acrescentar algumas observações por conta das muitas mudanças desse mercado. As armadilhas aos autores incautos aumentaram muito, assim como os custos – inacreditáveis! – de produção de livros disfarçada de edição. Antes que você se encha de indignação, […]
É comum que leitores entusiasmados com uma obra estrangeira queiram traduzi-la para o português e vê-la publicada por uma editora brasileira. É comum também que façam a besteira de realmente traduzir a obra e só depois enviá-la para a avaliação da editora. Deixe-me explicar como funciona a publicação de obras estrangeiras. O Brasil é signatário […]
Se você der uma olhada no que eu disse sobre editoras comerciais, verá que abordá-las é como ir a um banco pedir um empréstimo. Todo banco precisa emprestar dinheiro, assim como toda editora comercial precisa encontrar bons autores inéditos. Acontece que, como há muita gente sem garantias pedindo empréstimo, também são muitos os autores apresentando […]
Tome cuidado com essa pergunta. Às vezes, por preguiça, escritores se enganam muito. Acham que uma lista das editoras que publicam autores nacionais ou uma lista de editoras de livros infantis serve, e mandam seus originais para todas elas. Uma lista de editoras brasileiras honesta pode ajudar bastante, mas você precisa saber usá-la. Ela não […]
Essa é a pergunta que todo autor faz aos editores, mesmo antes de seus originais serem aceitos. Deixe-me dar-lhe uma dica que já irá diferenciar a sua abordagem de quase todos os outros autores estreantes: não aborreça um editor com essa pergunta. A razão é simples: é muito difícil um original ser aceito por uma […]
Publicar um livro por editoras comerciais e prestadores de serviço Quando você deseja publicar um livro, a primeira coisa em que pensa é em editoras, certo? Como encontrar uma editora para publicar seu livro. No entanto, há dois tipos de empresas que se chamam “editoras”, usam o mesmo nome mas agem de forma completamente diferente: […]
Qualquer autor pode publicar um livro por conta própria. Ser um autor independente é a melhor opção para quem escreveu um tipo de obra difícil de comercializar, ou que queira simplesmente fazer um lançamento entre amigos. Pode ser muito divertido lançar a história da sua família ou um livro de contos dedicado ao seu amor, sempre […]
Leitura crítica Para que serve uma leitura crítica? Quando é melhor que seja feita? Por quem? Tem muita gente que sai contratando leituras de seus originais sem saber exatamente para que servem, que benefícios podem tirar disso. Vou explicar. Em primeiro lugar, leitura crítica não é revisão de texto. Quem lê não mexe na obra, […]
Agentes literários não atuam com autores iniciantes Não sei quantas mensagens recebo de autores querendo ser agenciados ou pedindo por indicação de agentes literários. Imagino que assistam a filmes americanos ou leiam postagens para escritores em inglês e achem que, depois de terminarem de escrever seu original, a próxima etapa seja procurar um agente literário. Pois […]
Muitos autores ficam nervosos com a possibilidade de, ao mandarem seus originais para análise por uma editora, terem seu texto plagiado: “Preciso registrar meu original!”, eles dizem. Apesar de não ser impossível, isso é bastante improvável. Os textos que mais correm riscos de serem copiados sem autorização são os altamente técnicos, que possam servir de […]
“Laura, mandei um original há meses e não obtive nenhuma resposta!” O trato com as editoras comerciais sem dúvida põe à prova a calma de qualquer escritor. Se você telefona, muitas vezes ninguém atende, ou responde, ou sabe de coisa alguma. Uma resposta pode demorar meses e transformar-se em recusa sem mais explicações. O original […]
Se você vai publicar seu livro por conta própria, seus custos somarão uma quantia razoável em dinheiro. Os valores variam muito e recomendo uma pesquisa cuidadosa do mercado, já que há muitos prestadores de serviço com níveis de qualidade muito variáveis. A seguir está um pequeno roteiro dos serviços que você pode contratar e uma […]
O que as editoras querem? Como conseguir que as pessoas leiam o que escritores desconhecidos escrevem? Como criar nome? Como ser publicado neste país de poucos leitores? Muitos escritores acham difícil dar os passos seguintes ao término da obra. Têm uma página no face mas poucas curtidas, quase nenhum compartilhamento. Colocam no Wattpad e não […]
Agentes literários no mercado brasileiro Não há (ainda?) no Brasil muitos agentes literários que concordem em representar autores desconhecidos. Em geral, os grandes profissionais da área trabalham apenas com escritores já publicados ou com recomendação destes. Portanto, essa pergunta é quase respondida com um “não” pela mera falta de agentes literários. Ainda assim, algumas pessoas […]
Recebo muitas críticas a respeito de minha posição sobre poesia. Fico firme nela, achando que nenhum editor pode ser obrigado a ter prejuízo só porque há um sem número de poetas desejando um modo de se expressar em público. Ainda assim, apresento a seguir algumas idéias sobre como aumentar a sua chance de divulgar seus […]
Como escrever uma biografia sobre a vida de alguém importante? Escrever uma biografia é um impulso que muitas pessoas têm para homenagear alguém de sua família ou de seu círculo de amizades, que fez algo de impactante ou deixou um legado. Pode ser a vontade de escrever um livro sobre uma pessoa famosa que se […]
São muitos os escritores que ficam com receio de enviar os arquivos de suas obras a editoras para análise com medo de que haja plágio, ou seja, que alguma editora publique a obra sem aviso, crédito, permissão ou pagamento. Ainda que isso seja muito possível na internet, onde sabe-se lá por qual razão plagiadores se […]
A aranha, aquele ser de oito patas que assusta muita gente, é nas mitologias de muitos povos um símbolo de criatividade, escrita e invenção de histórias. Para os gregos era uma linda tecelã, Aracne, que deixou Atena enciumada por ser melhor do que a deusa. Foi então transformada na aranha, mas continuou sendo a melhor […]
Uma das recomendações obrigatórias a todos os escritores, dada sem exceção por escritores que já dominam seu ofício, é a de ler sempre. Ler muito, ler de tudo. Virar um rato de livraria. Fico sempre um tanto aborrecida quando ouço então me dizerem que “o livro é caro”. Sinto ser esse comentário equivalente a reclamar […]
Escrevi esse artigo porque vejo muita gente capaz, cheia de conteúdo, corroída de dúvidas e paralisada de insegurança. Dirijo-me em especial aos potenciais autores de não-ficção, que conhecem muito uma área mas não se acham capazes de virar autores. Demônio é uma palavra que vem do grego daimon e significava, na Antiguidade o gênio bom […]
Tem muita gente que fica pedindo dicas as mais variadas: como escrever, que programa usar, fórmula para romance, quais assuntos vendem e mais uma infinidade de guias, ajudas, informações, passo a passo. Trabalho há mais de trinta anos com livros, tendo visto todo tipo de autor e autora, publicado e querendo ser, prestigiado, de sucesso […]
Uma dúvida recorrente entre escritores é se devem mandar seu texto para revisão por um profissional da área editorial. Caso sim, que tipo de revisão, qual profissional, como avaliar esse trabalho? Como em tudo referente à escrita, não há resposta pronta que sirva para todo mundo. No entanto, sempre acho útil mandar o texto para […]
Muitos, muitos jovens pedem que eu leia seus blogs, capítulos, poemas e diga se escrevem bem e se devem continuar. Querem minha opinião como editora experiente sobre seu futuro como escritores. Eu nunca respondo porque fico aborrecida com essa entrega de autoridade. Quem aceita que outra pessoa – seja quem for, profissional do livro ou […]
Como escrever um livro, passo a passo? Todos nós pensamos ter um livro a ser escrito dentro de nós, seja uma pura obra de nossa imaginação, com mundos fantásticos e seres extraordinários, seja relatando histórias de superação de nossas próprias vidas ou até mesmo um trabalho teórico sobre algum assunto que dominamos. E, realmente, muita […]
Quase todos os dias eu recebo emails com variações dessa pergunta: “pensei em escrever sobre… (preencha aqui com a ideia genial que lhe der vontade), você acha que vai dar certo? Devo continuar?” Eu não gosto de ser antipática, mas como é que eu posso responder a uma pergunta dessas? Ela parte do pressuposto de […]
O que fazer quando temos ideias demais? Muitos escritores mandam mensagens perguntando sobre como lidar com o excesso de idéias. Alguns começam histórias e não as terminam, outros escrevem quatro ao mesmo tempo, outros são assaltados por personagens e cenários interessantes e ficam entusiasmados mas perdidos. Pedem que eu dê dicas para ordenar esse rio […]
Sinopse é o resumo da obra que autores enviam a editoras para avaliação. Há um pouco de confusão a respeito porque a palavra tem o mesmo significado que “resumo”, e algumas editoras pedem os dois na área de submissão de originais em seus sites. E como escrever uma boa sinopse? Sinopse pode ser entendida como […]
Quando você pensa em escrever um livro técnico, científico, religioso, universitário, de autoajuda, de apoio a estudantes, você quer publicar na área de não-ficção. Este é um segmento muito prestigiado, que pode render grande visibilidade a autores. Explico aqui como escrever um livro de não-ficção com chance de sucesso. Livros de não-ficção são um segmento […]
Tornar-se escritor pode parecer difícil, mas na verdade é mais uma questão de postura que de sorte ou incrível talento. Talento ajuda, claro, mas ser escritor/a é saber usar os sentidos, observar o que existe em volta com clareza e utilizar isso na sua arte. Muito se fala sobre as técnicas da escrita, há cursos […]
Posso mencionar marcas conhecidas como a Coca-Cola ou o bombom Sonho de Valsa? Posso escrever sobre gente famosa como o Bruno Gagliasso ou a Maria Bethânia? Pode, sim! Veja como autores de todas as nacionalidades falam de marcas em suas histórias, como mencionam atores e cantores e seres públicos nas narrativas. Você pode mencionar ruas […]
É comum que leitores entusiasmados com uma obra estrangeira queiram traduzi-la para o português e vê-la publicada por uma editora brasileira. É comum também que façam a besteira de realmente traduzir a obra e só depois enviá-la para a avaliação da editora. Deixe-me explicar como funciona a publicação de obras estrangeiras. O Brasil é signatário […]
Este meu livro é bom? O que escrevi funciona? Como ter certeza se o desenvolvimento da trama e os personagens são consistentes? Esta é uma dúvida bastante comum tanto entre escritores iniciantes quanto até entre alguns autores experientes. Esta sensação de insegurança está presente em todos os graus de competência e, quando você começa a […]
Escrever é um hábito, um ótimo hábito. Alguns diriam até vício, porque escritores precisam escrever muito, sempre. No entanto, escrever para ser publicado é diferente de escrever para si próprio. Quando escrevemos para nós mesmos, como um diário ou reflexões, estamos usando a escrita para pensar. É um ótimo método para esclarecer questões, falar dos […]
Como escrever melhor? A melhor prática para um escritor é simplesmente parar e escrever. Este é o momento no qual você reunirá toda a teoria que você aprendeu em livros e cursos de escrita e tentará encontrar as suas próprias soluções diante dos obstáculos inevitáveis que surgirão ao longo da criação de suas histórias. Uma […]
Quem quer começar a escrever um livro às vezes fica na dúvida de por onde começar. Há vários caminhos, aqui menciono algumas dicas para colocar jovens escritores no caminho mais produtivo. Criatividade: cuide de seu filhote Nossa criatividade, quando começamos a exercer uma atividade que não é mecânica, que tem mil opções e que mexe […]
Traduzido do excelente The Editor’s Blog http://theeditorsblog.net/ da editora de ficção norte-americana Beth Hill, com quem eu concordo inteiramente. Dicas valiosíssimas para quem quer escrever bem ou mesmo melhorar sua escrita. As sugestões que faço e conselhos que dou aqui devem parecer familiares a muitos leitores a melhorar sua escrita. De fato, repito as dicas […]
Para muitas pessoas que pensam em se tornar escritores, a própria noção de que existam cursos de escrita criativa pode parecer estranha. Desde sempre nos foi inculcado o mito do artista inspirado e torturado, que sozinho em seu quartinho vive em função de revolucionar a literatura e superar a tradição. No entanto, esta concepção não […]
8 perguntas para você checar se os seus personagens funcionam bem em sua história. Os personagens são suficientemente humanos em suas qualidades e defeitos para causar empatia nos leitores? Você evitou os clichês? Há características inesperadas para tornar os personagens menos previsíveis? Os personagens são consistentes o suficiente para que quem lê acredite no que […]
Leitura crítica Para que serve uma leitura crítica? Quando é melhor que seja feita? Por quem? Tem muita gente que sai contratando leituras de seus originais sem saber exatamente para que servem, que benefícios podem tirar disso. Vou explicar. Em primeiro lugar, leitura crítica não é revisão de texto. Quem lê não mexe na obra, […]
Um monte de ideias Muitos autores me perguntam: “Laura, como eu devo fazer para organizar ideias para meu livro?” Nesse vídeo eu dou dicas para que você consiga direcionar seu texto para conseguir melhores resultados. Neste vídeo eu falo mais detalhadamente sobre como lidar com tantas ideias para histórias, excesso de personagens, excesso de possibilidades […]
Kurt Vonnegut, autor de Matadouro número cinco, entre outros sucessos, explica em um artigo intitulado “Como escrever com estilo” (in How to use the power of the printed word, editado por Billings S. Fuess, New York, Doubleday, 1985) que muitas das preocupações dos autores sobre estilo acabam por atrapalhá-los e fazê-los encher seu texto de […]
Se você não é um crítico literário com muita isenção para com a sua própria obra, é bastante difícil fazer uma auto-avaliação. Também adianta pouco você pedir à sua mãe, seu tio, seus irmãos para lerem o que você escreveu. Essas pessoas todas vão querer agradar você, além de, salvo raras exceções, não serem críticas […]
Jean Bryant, professora de escrita nos Estados Unidos, levantou sete hábitos que você NÃO deve NUNCA adotar se quiser escrever alguma coisa. A abordagem bem-humorada aponta para as armadilhas mais comuns de quem começa a escrever (em Anybody can write, San Rafael, New World Library, 1985): Pense no que os outros podem achar. Pense em […]
Recebo muitas críticas a respeito de minha posição sobre poesia. Fico firme nela, achando que nenhum editor pode ser obrigado a ter prejuízo só porque há um sem número de poetas desejando um modo de se expressar em público. Ainda assim, apresento a seguir algumas idéias sobre como aumentar a sua chance de divulgar seus […]
Como escrever uma biografia sobre a vida de alguém importante? Escrever uma biografia é um impulso que muitas pessoas têm para homenagear alguém de sua família ou de seu círculo de amizades, que fez algo de impactante ou deixou um legado. Pode ser a vontade de escrever um livro sobre uma pessoa famosa que se […]
90% dos originais que chegam às editoras brasileiras são recusados após uma leitura de menos de cinco segundos, apesar de a resposta poder demorar meses para chegar ao autor. Este exame, feito em geral não pelo editor, como se supõe, mas por qualquer estagiário de produção editorial, simplesmente separa da pilha de originais enviados espontaneamente […]
Muito interessante a fala da editora (por muitos anos chefe editorial da Record) sobre a falta de uma literatura brasileira apreciada por nossos próprios leitores.
Lilian Carmine conseguiu aquilo com que muitos brasileiros sonham: ser publicada primeiro por uma grande, enorme, editora americana. Que lhe deu um adiantamento modesto, verdade, mas mais do que uma editora brasileira daria. E lhe abriu as portas para ser publicada aqui pela Leya em setembro de 2013. Eu vivo dizendo que este não é […]
Henry Alfred Bugalho escreve um artigo na revista virtual Samizdat onde comenta (a partir da página 64) sobre a invisibilidade dos candidatos a escritores quando apresentam seus originais a editores. Não concordo inteiramente, já que sou uma editora que lê muitos originais de autores desconhecidos, mas é uma opinião válida, faça o download e confira.
Programa ArteLetra da TV São Judas dando espaço para que duas editoras/autoras falem do mercado de livros infantis e juvenis e das dificuldades de se publicar com mais qualidade hoje em dia.
Veja só, a partir do minuto 3:43, editores que trabalham também na seleção de originais explicando como os autores precisam pesquisar antes a linha da editora.
Haroldo Sereza, presidente da Libre – Liga Brasileira de Editoras, fala da importância da bibliodiversidade, a dificuldade de sobrevivência das pequenas editoras e seu papel em lançar novos autores.
Andrew Stanton, roteirista de Procurando Nemo e Wall-e, entre outros filmes, fala aqui do que funciona numa história. As dicas que ele dá para despertar a atenção valem tanto para filmes quanto para a literatura e são uma excelente apresentação no TED para escitores.
O escritor argentino Hernán Casciari faz uma palestra sobre sua experiência com um blog literário bem sucedido, pelo qual foi convidado a publicar livros. Hernán não gostou dos editores, que chama de ladrões, e reagiu criando uma revista independente. É bem interessante a argumentação dele, mas será que funciona? Eu como editora sinto que tenho […]
Cesar Cruz, escritor e blogueiro, veio com uma pergunta muito interessante. Dado que as editoras estão com cada vez mais dificuldade de investir em novos autores, achando cada vez mais árduo colocar livros de brasileiros não famosos nas livrarias, será que não vale a pena fazer uma parceria e pagar um pouco pela edição? Ele […]
Eu acho incrível a quantidade de mensagens que recebo de gente que tem uma história na cabeça mas não sabe escrever nem uma frase inteira. Incrível porque admiro a vontade de criar, mas me espanto com a falta de noção da dificuldade de uma empreitada como essa. Escrever dá trabalho! É como querer ser bom […]
Tive o enorme prazer de receber o contato de um jovem poeta, Jandeilson Bezerra, que está para ser publicado por uma editora comercial, a Flaneur. Sem pagar nada! Veja o relato: Olá Laura, Me chamo Jandeilson Bezerra, tenho 27 anos, estudante de Letras e estou entrando em contato com você para agradecer as dicas do […]
A editora responsável pelo site coaching literário oferece um serviço difícil de se encontrar por aí: acompanhar escritores que desejem produzir uma obra, mas não saibam bem como. Dá um trabalhão isso, leva um bom tempo e requer que as duas partes se ajustem. No entanto, quando funciona dá um prazer imenso, porque faz surgir […]
É com grande prazer que apresento mais um exemplo de uma jovem brasileira, autora de ficção, que teve sua obra aceita para publicação. Note que ela é uma ilustre desconhecida dos editores, não teve apadrinhamento de ninguém e no entanto conseguiu que uma editora se interessasse em publicá-la. Ela tem sorte também: vai estrear um […]
Aos que choram por achar o mercado editorial cruel ofereço duas mensagens de um jovem autor talentoso: Prezada Laura Bacellar, Gostaria de agradecer as dicas que tive ao comprar o seu livro, as mesmas que deram origem a este site tão prestativo aos autores iniciantes. Embora não fosse aconselhável enviar o orginal com ilustrações, apostei […]
Fábio Vinícius Primak, leitor do site Escreva seu Livro, entrou em contato entusiasmado, dizendo que havia conseguido publicar dois livros de não-ficção sem pagar nada. Seu relato é interessante porque mostra como o meio editorial aceita iniciantes que entendam de seu assunto (não de livros), e como uma venda relativamente modesta para outros meios de […]
Sinopse é o resumo da obra que autores enviam a editoras para avaliação. Há um pouco de confusão a respeito porque a palavra tem o mesmo significado que “resumo”, e algumas editoras pedem os dois na área de submissão de originais em seus sites. E como escrever uma boa sinopse? Sinopse pode ser entendida como […]
Chamaram a minha atenção para o livro Batalha do apocalipse, de Eduardo Spohr, que fez um percurso incomum: vendeu mais de quatro mil exemplares em edição do autor, três anos depois foi aceito para publicação por uma editora grande, o selo Verus da Record, e vendeu até agora mais de 45 mil exemplares. Além de […]
Se você acessou este site, imagino que deseje que sua obra seja publicada em forma de livro. Se é este o caso, por favor leia o conteúdo que ofereço aqui gratuitamente, na simples esperança de que mais autores brasileiros consigam encontrar uma editora para suas obras. Tem quase um livro inteiro de instruções nos links […]
Posso mencionar marcas conhecidas como a Coca-Cola ou o bombom Sonho de Valsa? Posso escrever sobre gente famosa como o Bruno Gagliasso ou a Maria Bethânia? Pode, sim! Veja como autores de todas as nacionalidades falam de marcas em suas histórias, como mencionam atores e cantores e seres públicos nas narrativas. Você pode mencionar ruas […]
Recebo centenas de emails todos os meses de pessoas desejosas de serem publicadas e noto um traço que se repete: emoções que parecem um tanto fora de controle. A escrita é uma atividade exemplar de movimentação interna, de algo que se faz por razões próprias. Se você não coloca suas emoções em equilíbrio, dificilmente conseguirá […]
Recebo emails de adolescentes com uma pergunta muito repetida: qual é a idade para ser escritor? Posso publicar um livro com quinze ou doze anos? As editoras aceitam originais de adolescentes? Se você é assolado por essas dúvidas, por favor acompanhe o meu raciocínio até o fim Não há idade para escritores, você escreve quando […]
Eu já expliquei bastante sobre a diferença entre prestadores de serviço e editoras comerciais, mas gostaria de acrescentar algumas observações por conta das muitas mudanças desse mercado. As armadilhas aos autores incautos aumentaram muito, assim como os custos – inacreditáveis! – de produção de livros disfarçada de edição. Antes que você se encha de indignação, […]
O interessante de manter um site como o Escreva seu livro no ar é que um monte de gente entra em contato comigo. Alguns tipos me surpreendem uma barbaridade, mas o que tenho visto com mais freqüência são jovens com idéias variadas sobre publicar suas obras. Fico muito sensibilizada de encontrar tantos moços e moças […]
Às vezes você fica com dúvidas se o seu texto está interessante o suficiente para despertar a atenção de um editor, ou se deveria modificar alguma coisa. É difícil ler e julgar o próprio trabalho com os olhos de um leitor. Leitura crítica faz isso mesmo, é uma análise honesta de um original. No meu […]
Não há muitos agentes que concordem em representar autores desconhecidos no Brasil, essa é uma área que ainda carece muito de profissionais.Esse site fornece uma quantidade grande de informações justamente para que você, escritor/a, possa se virar sem um agente literário, desbravando o mundo editorial por sua própria conta. No nosso meio, há muito mais […]
Você está escrevendo seu livro mas ainda não pensou em como divulgá-lo? Então está perdendo tempo. Enquanto seu livro está em produção, providencie os canais para divulgação e vá publicando seu conteúdo, pois é melhor lançar um produto que já é conhecido e esperado do que lançar algo que ninguém nunca ouviu falar. Imagine quantos […]
Imagine-se em sua própria noite de autógrafos, sentado em uma mesa, autografando uma pilha de livros, diante de uma fila de amigos próximos, familiares e admiradores. Eles primeiramente terão contato com a capa, orelhas e correrão os olhos rapidamente na diagramação enquanto aguardam sua vez na fila. Agora imagine que eles estão surpresos com a […]
Entender o mercado de livros deixa autores e mesmo novos editores de cabelo em pé. São tantas as informações, alternativas, coisas importante acontecendo a cada mês, e pior: armadilhas, que a pessoa fica um pouco confusa. Há uma grande chance de se perder dinheiro contratando o serviço errado, escolhendo a alternativa com menos chances de […]
Desde que eu lancei o livro e o site Escreva seu livro, lá em 2001, venho recebendo uma tonelada de mensagens de autores iniciantes e profissionais, que passam por bons ou maus bocados com editoras, que procuram publicar suas obras ou estão tentando divulgá-las. De todos os escritores que conseguiram ser publicados ou que arriscaram […]
Você pode conseguir bons prestadores de serviço consultando as editoras que admira. Por exemplo, se você acha que uma editora produz sempre livros bem revisados, sem problemas de texto, ligue para eles e pergunte a alguém do departamento editorial se poderia indicar um bom revisor. Visto que a maioria dos trabalhos de uma editora é […]
Como escolher bons prestadores de serviços editoriais? O mercado editorial muda constantemente. As principais formas de publicar um livro são optando ou pelas editoras comerciais, que não cobram para publicar seu livro ou então as editoras prestadoras de serviços. Mas o que tem acontecido é que muitas empresas que produzem livros têm feito questão de […]
Como escrever melhor? A melhor prática para um escritor é simplesmente parar e escrever. Este é o momento no qual você reunirá toda a teoria que você aprendeu em livros e cursos de escrita e tentará encontrar as suas próprias soluções diante dos obstáculos inevitáveis que surgirão ao longo da criação de suas histórias. Uma […]
Nasceu meu portal Marketing para Autores Aqui é o Sidney Guerra e hoje tenho uma novidade muito bacana que quero compartilhar com você. O maior problema que os escritores e pequenas editoras vem relatando para mim ao longo desses últimos 20 anos é a dificuldade de vender seus próprios livros. A história é sempre a mesma: […]
Editoras tradicionais não cobram para publicar seu livro Você sabe a diferença entre editoras tradicionais e editoras prestadoras de serviços? O fato de uma empresa ter a palavra “editora” em sua razão social não a torna uma “editora” no sentido purista. Tanto que praticamente todas as gráficas colocam em sua razão social o “Gráfica e Editora […]
Esta é a primeira de uma série de entrevistas que eu, Sidney Guerra, farei com autores e profissionais do mercado de livros. Vamos lá: sucesso no Wattpad, que é uma conhecidíssima plataforma de escritores, André Barreto é escritor do livro Engenharia Reversa, sucesso nesta rede social, que junta milhares de leitores e escritores em um só […]
Entrevista que dei para a TV São Judas na qual falei sobre o mercado editorial, como autores devem proceder para serem aceitos pelas editoras, as dificuldades que existem para que editoras pequenas consigam expor seus livros em livrarias e para que autores que não são famosos consigam fazer o caminho até os leitores.
Dia do leitor é comemorado todo dia 7 de janeiro Hoje é dia do leitor: 07 de janeiro de 2016. Você está pensando nele quando vai escrever um livro? Se não, você tem um problema bem grave. Sempre escreva um livro pensando no seu leitor ideal, no seu público. Se for para escrever sem pensar em quem […]
Henry Bugalho, escritor independente que teve considerável sucesso com seu título Nova York para mãos-de-vaca, editor da revista literária Samizdat, comenta aqui sua carreira de escritor e o quanto as informações do Escreva seu Livro o ajudaram. https://youtube.com/watch?v=bl3bSPyAjys
Tem vídeo novo no nosso canal do Youtube. Você já pensou na real motivação para querer escrever e publicar seu livro? Fama? dinheiro? Sobrevivência? Alavancar sua carreira? Neste video, aproveito a natureza para fazer uma pequena reflexão sobre o que na minha opinião, deveria ser sua maior motivação para escrever um livro.
“Laura, mandei um original há meses e não obtive nenhuma resposta!” O trato com as editoras comerciais sem dúvida põe à prova a calma de qualquer escritor. Se você telefona, muitas vezes ninguém atende, ou responde, ou sabe de coisa alguma. Uma resposta pode demorar meses e transformar-se em recusa sem mais explicações. O original […]
Agentes literários no mercado brasileiro Não há (ainda?) no Brasil muitos agentes literários que concordem em representar autores desconhecidos. Em geral, os grandes profissionais da área trabalham apenas com escritores já publicados ou com recomendação destes. Portanto, essa pergunta é quase respondida com um “não” pela mera falta de agentes literários. Ainda assim, algumas pessoas […]
Nesta segunda parte de nosso bate-papo, Laura Bacellar trata dos leitores e do quanto parece difícil entender quem ele é, seus gostos e preferências; o que se “esconde” atrás de numerosas decisões e opiniões de editores e críticos, inclusive em sua concepção do que vem a ser literatura; a quem a maior parte das resenhas […]
Esta entrevista foi dada para Dyda Bessana, do site http://didabessana.wix.com. Nela, Laura Bacellar conta um pouco da sua história, fala sobre publicações, editores, editoras e autores de uma forma bastante interessante. Vale a leitura! Nosso encontro foi numa tarde ensolarada do inverno que não houve este ano, nas imediações da ruidosa Praça da Sé, onde […]
Utilizamos cookies em nosso site para fornecer uma experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com a utilização de TODOS os cookies.
Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Mas desativar alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.
Quaisquer cookies que possam não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e sejam usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário por meio de análises, anúncios e outros conteúdos incorporados são denominados cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies no seu site.